segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

It's really so strange




Eu, comigo mesmo.


(...)


Não, hoje eu quero sair sabe ? Ficar aqui neste quarto, em pleno dia de garoa e céu nublado é um desperdício. Podemos ir para lugar nenhum, ir tomando qualquer caminho, mas podemos ir os dois, o que me diz ? Pega aquela jaqueta para mim, gosto do frio, quando estou aquecido. Que seja, eu vou com aquela minha velha regata por baixo, assim eu sinto um pouco de frio, mesmo porque não adianta nada gostar do frio sem senti-lo. Eu gosto de você e acho que até dá pra sentir...

Não, todo mundo faz questão de ser complicado. Quando a gente saiu daqui é que percebi o peso ficando para trás, por que será que gostamos tanto desse pouco que temos? Sei, e você diz que não acredita em almas gêmeas. Eu não acredito, só sei que vivo o que está aqui no presente, eu vivo você até a carne abaixo dos seus ossos. Sim, eu me sinto livre e nem você conseguiria me prender, com certeza vai continuar achando que meu espírito pode ser domado. Sabe que nunca via conseguir isso, mas eu gosto de te ver tentando. Claro, ali é um lugar tranquilo, podemos respirar um pouco e conversar...

Não, mas achou que podia conseguir alguma coisa. Basta a gente olhar sem aquele desprezo paulistano e o outro já pensa que queremos algo a mais. Talvez seja por que estamos esbanjando uma felicidade estranha, aquela que só se faz com um sorriso discreto no rosto, feito linha que inicia um desenho, um esboço. Olha, daqui não vejo mais tantas pessoas, e nem escuto o som dos carros. Quem diria? Estamos no coração da cidade, e ele ainda pulsa ! Certo, vamos andando então.

Não, agora eu sei. Antes eu achava que era tudo distante, todos estavam ocupados com seus amores estúpidos, e eu desocupado. Claro, eu ri em alguns momentos ... Mas eram risadas de fuga. Todos os dias eu levantava pensando "como vou evitar tal pessoa?". Agora é passado, e sim eu aceito seu presente, sabe que sempre me encantei por coisas simples, o significado é que me diz o quanto vale.

Não, nunca disse que era amor. Odeio nomear essas coisas, entende ? Parece que quando você dá um nome todo mundo sabe falar sobre, e insiste em dizer que "viveu o mesmo". Mas nunca viveu, eu mesmo sinto que só eu sei do que estou falando e sentindo. Nunca me custou muito deixar as coisas fluírem naturalmente, me levando a crer que a verdade era plural e que tinha um nome para cada dono. Se você chama de gostar ou amar tanto faz, o que importa é que me faz bem e ao mesmo tempo sinto que se espalha como toxina.

Não, dizer que é " para sempre" sempre soou como o primeiro contato com o fim. Ok, sei que você disse no sentido de infinito, mas saber que existe a morte já quebra todo esse clima. Pensa assim, que o "para sempre" está entre o segundo do passado e o segundo que faz o presente, isso é o "para sempre", o momento que aconteceu e se eternizou. (risos)Isso mesmo, assim como esse meu sorriso, assim como essa sua cara de "?". Garoa ... tem gosto de "para sempre".

Não, mas ficar só é algo a se pensar. Eu queria ter tudo e todos a minha disposição, mas a vida me ensinou que não é assim. Foi como uma mãe batendo no filho para que ele não fizesse merda. (risos)Claro, mas morarmos juntos seria algo engraçado. Acordar e ir comprar pão, muito bizarro. Pão, café e Engov. É óbvio, aí chegaríamos do serviço, jogaríamos as chaves na mesa e sem dizer uma palavra a gente ia se cumprimentar. Pode ser legal , mas não sei se conseguiria ser tão liberal, eu gosto de ter o controle e principalmente, gosto de dizer como vai ser.


... (neste momento eu aprendi que todo o sonho precisa acabar, pois só assim eu seria capaz de construir a realidade)


Não, eu não tenho ódio nem raiva, estou apenas vazio. Pode chamar de indiferença, faz sentido. O que aconteceu foi que eu estava ali com uma pessoa que nunca existiu, e você que está na minha frente é um desconhecido. Só me resta a indiferença e uma educação quase que mecânica. Mas obrigado, reviver pela ultima vez foi importante, pude então dar o ponto final para este ensaio. (ponto)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tão macio quanto deitar na grama...




O tempo não é contado a cada vez que volto aqui. Acho que este é o elemento chave para que nosso relacionamento dê certo. Viver assim, sem um cronometro, sem contar quantas batidas o coração dá ao te ver.


Muitas coisas aconteceram, mas nenhuma delas foi forte o bastante. Todas foram intensas no breve momento em que apareceram, e assim foi. Silenciosamente todos aqueles choros e angustias de outras pessoas desapareceram, e vejo que muitos estão finalmente encontrando seu rumo. Existe uma certa paz nisso, assim como existe um incomodo também, pois está música não toca para todos. Porém, todos querem dançar , e ser felizes , e amar , e sofrer por amor ... Enfim, do sabor e da dor todos nós queremos uma dose ao menos.


Escrever fora dos padrões jornalísticos também é um exercício, ao meu ver. Escrever é como dar um passo para fora da terra, flutuar num espaço imenso, silencioso , onde mais uma vez só se escutará as vozes do próprio pensamento. Dai sim, revela-se aquilo que é de fato marcante em nossas vidas ... Sempre haverá aquela melodia, aquele dia , aquela despedida, aquelas promessas e aquelas mentiras ... Sempre!


Já reclamo menos, mas ainda reclamo. Tenho menos raiva , mais ainda a sinto. Não amo, mas ainda penso em amar. Não pertenço, mas imagino como seja pertencer. Luto, só não sei ainda se quero mesmo vencer. E o que eu sei? O bastante para continuar escrevendo aqui.

sábado, 31 de outubro de 2009

Só o corpo adoece

Eu, e as duas essências que me compõem. O não material que acaba se materializando no meu rosto e o material que some feito poeira quando escolho pronunciar as palavras corretas. Na verdade, como já havia lido, o maior sofrimento não está na carne, se assim fosse, o suicídio de fato seria o melhor remédio. O que não vem ao caso.

Um breve inicio que não tem cara de introdução, remetendo o leitor -principalmente se ele for um escritor também, a um texto sem estrutura e dificil de analisar tecnicamente. Eu me permito ser assim, não formatado nas regras da ABNT, blah blah blah.

Até teria muitas coisas para dizer, só que de repente perdi a vontade. Soa mais sincero assim.

Cry baby ...

sábado, 17 de outubro de 2009

A arte de negar





Negue os seus sentimentos e vontades mais malucas. Negue o seu mau humor crônico e a falta de consideração para com o próximo. Negue a paixão que queima no peito e a indiferença diante da dor alheia. Negue o bom dia , negue o boa noite, negue que se sente só toda vez que deita na cama e não escuta a porta bater. Negue que precisa de dinheiro, negue que precisa ter mais do que necessita. Negue que saiu hoje, negue que voltará amanhã. Mas volte.

Optar por não sair pode ser optar por um vazio imenso nas próximas horas. Acordar no domingo sem nem ao menos ter alguma lembrança do sábado. Mas você tem a maldita lembrança de que teve uma visita digna e mesmo assim negou que ela tenha sito importante. Mas foi.

Aceite a fuga como base segura, aceite a desculpa como carta na manga. E negue tudo aquilo que vier por consequência da sua falta de otimismo. Aproveite a baixa iluminação e faça fotos em preto e branco, esconda os detalhes, ressalte as lacunas. Mas não deixe de retratar.

Diga uma frase que faça sentido, e que vá além do que foi delimitado. Explique que só se eterniza o que é escrito, e que a fala pode ser alterada , pode ser construída e o "não" tem toda a capacidade de se tornar um "sim". Mas deixe que falem , e falem bastante.

O som te induz a escrever compulsivamente, por linhas sem sentido ou com um sentido egoísta e egocêntrico. Se permita errar e optar por não ser um exemplo. Siga o caminho desenhado pelos seus olhos e esqueça que alguém à frente já ultrapassou a linha de chegada. Perdoa a si mesmo por não saber perdoar as outras pessoas. Não viva com o rancor, mas aprenda com ele. Queima a porcaria do "filtro solar", beba, grite , brigue , pegue todos os malditos verbos no imperativo e jogue no lixo. Mas comande a si mesmo.

Sei tão pouco e mesmo assim me acho em condições de escrever tudo o que escrevi. Vejo que pouco tempo tenho para tentar renovar ou passar por uma nova fase. Também sei que pouco me importo com a medida do tempo, pois sei que quando está se fazendo o que gosta tudo corre numa velocidade cósmica. Já não há mais busca por desejos barateados, já não há mais aquela vontade de simplificar para tentar alcançar. Eu sei que falo muito, contudo o conteúdo é praticamente o mesmo: Aquela velha insatisfação que me satisfaz, pois me faz pensar, refletir e tentar achar um sentido. Corte os solos imensos, corte os vocais afinados, corte o baixo sem palheta, corte a bateria com 10 mil pratos. Mas faça uma música sincera. Faça a porra de um bom punk rock.

Faça, e só.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Além do texto




Não sei se foi pela sensação que resolvi escrever. Ou se foi pela simplicidade do momento em que, subitamente, eu me desliguei do ritmo acelerado do mundo e fiquei estático, apenas me sentindo como parte de um "todo" não fragmentado. Uma rede de conexões cósmicas se instalou no meu ser, parecia que aquela brisa leve não deixava mais a pele do rosto e você enxerga tudo de maneira tão minimalista.


Por mais que eu tenha crescido em meio ao caos e tudo tivesse rumado sempre para um conflito maior e mais complexo, hoje eu já consigo rumar para um certo plano onde impera a calmaria ou o silêncio necessário para ouvir os próprios pensamentos. O corpo ficou leve e então apenas segui o fluxo natural, escorrendo por entre meus dedos, sem verdade ou mentira, sem explicação que venha de alguma teoria. Deixa toda a materialidade das paredes para trás, vá além do concreto , vá além do texto e deixe que as palavras ecoem no espaço dentro da sua mente, que elas se tornem vozes suaves capazes de gerar uma polifonia impessoal.


Hoje deixei de ser um só, e me juntei ao todo ... Esqueci por muitas horas do "eu".


Nem felicidade, nem tristeza. Apenas um alívio sublime.

sábado, 10 de outubro de 2009

But I won't shed a tear...


Nem o álcool tem mais aquele sabor ou efeito, não te traz prazer ou saída. Quase tudo perde a graça quando se torna necessidade e não mais alternativa. Houve um tempo em que eu pensava que só longe é que era possível ser feliz de verdade, com tudo o que sonhei e esperei de mim e das outras pessoas. Mas no fundo, eu só queria é ser livre sem fingir ter perdoado a todos ou simplesmente ter me tornado indiferente quanto ao passado. Que falta faz um amigo que não tente te corrigir ou mudar seu jeito de ser, que seja apenas um amigo para aquele momento em que tudo o que você busca é entender aquilo que é hoje, não aquilo de foi ontem ou deve ser pela manhã seguinte.

Existem momentos em que o silêncio ao acordar faz toda a diferença. No entanto eu prefiro não me alongar quanto aos momentos... São muitas coisas que levam sempre ao mesmo destino.
Sabe quando você sente a vontade de lutar por alguém? De brigar por alguém? Acho fundamental se tornar seguro o bastante para manter-se de pé diante de qualquer situação, contudo sempre há aquela hora em que o ideal não seria escrever um livro sobre suas façanhas e conquistas individuais, mas sim escrever sobre como conseguiu salvar aquele coração partido ou como encontrou uma saída para salvar aquele romance em sépia.

Só nós sabemos o que buscam nossos passos, é assim que através dos dias, meses a anos eu faço as perguntas certas para poder dar respostas erradas. Ser previsível não me faz bem.

Aprendi que para falar de sentimento é preciso deixar as defesas para trás, ser capaz de rir da desgraça e chorar de saudade dos tempos bons, é importante ter a liberdade de se arrepender depois por ter falado tudo, é ser realmente forte para deixar os preconceitos e as duvidas demonstrando uma segurança que talvez nem tenha de verdade. Aprendi mais uma coisa: falar de sentimento requer ressentimento. Se não houver um pequeno gosto amargo então não é falar de sentimento, mas sim cair na ilusão de que tudo está perfeito.

Don't think we're ok just because I'm here.

sábado, 3 de outubro de 2009

Etanol




É como uma corrente de ar que passa e derruba as placas de sinalização. É como gasolina correndo pelas veias, alimentando uma sensação de absolutismo ou nirvana. É como pólvora no estômago, ou diesel no fígado. Os pulmões cheios de violência, o cérebro enfeitiçado pelo Etanol.


Existe uma maneira correta de se falar sobre as sensações. Quando são boas e moralmente aceitáveis, escreve-se textos enormes, cheios de eufemismo, uma chatice. Porém, quando se fala de sensações que necessitam de algum aditivo, pronto, tudo vira tabu e cai no senso comum. Talvez o mundo nunca tenha parado para pensar que se opta por certas sensações justamente pelo prazer que elas proporcionam, ou que não seja prazer, mas seja libertação. Sim, todos sabem que depois tudo vira prisão, vício, incapacidade de existir sem o lado "químico" da coisa, mas dessa vez optei por falar do presente, do instante em que o sangue já não é puro, assim como o resto do corpo.


É uma sensação cretina de segurança, de superioridade quanto aos problemas. Você se torna capaz de falar dos próprios problemas, sem se retirar da causa deles. Geralmente as pessoas apontam o problema e falam com uma indignação digna de quem não contribuiu para o mal estar, porém sabe que é elemento definitivo dentro dele.


Dá vontade de falar de tanta coisa, como por exemplo:


Banda
Banda dos outros
Shows de conhecidos
Cena underground atual
Realidade de quem toca hoje em dia
Problemas internos dentro da própria banda
Falta de compromisso dos integrantes
Integrantes que se entendem
Riffs
Mais Riffs
Política
Mídia
Meios de comunicação que agem como prostitutas

Fotografia
Música muito boa que o amigo fez

Música muito boa que você fez

Estudos

Trabalhos

Hardcore genuíno

Namorada (o) dominadora (o)

Liberdade de verdade

Punk rock

Cerveja

Mal do mundo


...


Etc.

domingo, 27 de setembro de 2009

Half a person






Se você tiver cinco segundos para gastar ... eu te conto a história da minha vida

The Smiths

Tento entender com todas as forças a parte ignorante e intolerante da sociedade. E me pergunto se tolerância é de fato algo que se deve buscar conquistar das pessoas. Não há mais espaço para um povo que adota aquela velha e idiota postura separatista. Sempre com os mesmos argumentos, comparando tudo ao extremo , comparando o gostar com doença , o amar com assassinato. A Internet: Espaço onde aqueles que se sentiam silenciados podem falar abertamente, sem correr o risco de tomar um tiro na cara. Não sou hipócrita, posso dizer que leio certas coisas que me fazem querer ser extremista também, mas depois de alguns minutos a gente volta à sanidade. Qual o sentido de tudo isso ? Viver inserido em uma eterna guerra por um espaço que deve ser dividio equalitáriamente, e não de forma a favorecer quem detém "o poder". Digo isso aplicando tal pensamento à todas as áreas sociais, psicológicas, enfim.



É triste acordar todos os dias e ler alguma coisa ou ver alguma ação tão retrógrada que tranca toda a evolução humana numa caixa de Pandora. Pensar que se vier a ter filhos, eles terão que lidar com um mundo que insiste em permanecer nesta atmosfera de destruição. O ser humano deixando falar mais alto o seu lado suicida estúpido, levando consigo tudo o que hoje existe.



É feliz aqueles que destrói a esperança dos outros e fazem com que se sintam inferiores e doentes ? É feliz aquele que esbanja riquezas enquanto outros anseiam por um pouco de comida ? É realmente feliz aquele que obriga seus filhos a serem de uma forma, e quando descobrem que eles tem outro pensamento, outra maneira de viver , os jogam na rua como bandidos ou utensílio defeituoso ?



Acho que nós perdemos a noção de felicidade, pelo menos aquela felicidade que não destrói a do vizinho. Pois ser feliz às custas do sofrimento de alguém é fácil, é cômodo, e não é da nossa conta não é ? Nessas horas a gente arranja uma religião qualquer e põe tudo "Nas mãos de Deus".






sábado, 26 de setembro de 2009

Such a beautiful thing ...

Demora um tempo, e não falar sobre acaba ajudando na hora de aceitar

Quando se está com amigos de verdade a "balada" pode ser no seu quarto mesmo, com aqueles cds clássicos, luz apagada e lanterna para "dar um ritmo". Não gastamos nada, bebemos a cerveja de casa, bebemos a caipirinha de kiwi do irmão e cantamos aqueles refrões dignos de sempre.

Em seguida, um bom filme que eu faço questão de não recomendar. Por quê? Sei lá.

Existe um silêncio envolvendo minha boca, mas uma puta gritaria se instalou na minha mente. Resolvi vir aqui escrever, porém sinto que não tenho mais nada a dizer.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

About Wolves ...




Você continua fazendo inimigos, e agora caminha sozinho. Continua fazendo inimigos e sua vida está acabada, com noites sem sono e o sangue frio.

De fato, minha vida é aquilo que escolhi ter, e ser. Uma longa estrada para um lobo solitário. Reescrevi as leis do destino, alcançando o fundo do coração negro.

Cabaret in Flames - About Wolves


Durante está semana optei por ter menos momentos de reflexão sobre mim mesmo. E deixei que o mundo ao redor se fizesse sem interferência dos meus dizeres de sempre. Não foi uma maneira de se retirar ou evitar algo, mas um momento em que você tenta avaliar o natural, naturalmente. Se é que vocês me entendem.

Sei que existem muitas ferramentas úteis para expressar aquilo que está sentindo e foi assim que escrevi mais uma letra de música para a banda. Extremamente subjetiva e que se mescla com diversos contextos, estórias, histórias, enfim, cada detalhe colocado ali de maneira aleatória (ou não) pode ser encaixado na realidade de qualquer um. Falo por mim, sei que tenho bons amigos, e sei que inevitavelmente acabo cultivando alguns inimigos. O que não quer dizer que preciso travar combates com eles a todo o momento. Eles existem, e muitas vezes são os maiores responsáveis pelo meu crescimento. Pensamento extremista: Não dar um tiro na cabeça deles, ou jogar diesel em seus corpos e atear fogo, já me faz sentir bem melhor e evoluído.

Amar , ter carinho por alguém, ter amizade são todos sentimentos importantes dentro das pessoas, mas por favor não sejamos hipócritas. Sentir raiva de algo ou alguém também se faz necessário, uma vez que assim seremos capazes de neutralizar o veneno amargo do rancor e do ódio. A raiva passa , assim como a paixão ... O amor dura mais tempo , assim como o ódio. Porém, se tem algo que acaba com qualquer um dos seus inimigos, é a indiferença.

Enquanto se tem raiva , também se tem apreço. Portanto, eu separo bem quem é quem dentro do meu mundo. Sim, às vezes eu me permito ser megalomaníaco, egocêntrico e egoísta.








terça-feira, 15 de setembro de 2009

Stairs to heaven , stairs to hell...


São centenas de doutrinas e filosofias sobre o que vem depois. Mil grãos no rosário, centenas de páginas marcadas por relatos e interpretações, metáforas e ordens. O que vem de baixo, o que se diz do alto, quem vive no meio sabe o que é ter ouvidos num lugar onde todos gritam por salvação.


É aí que você atravessa a linha que Deus desenhou com os dedos. Descobre que tudo era pesado demais, nem mesmo o que te fazia bem é o que realmente alimenta a alma de uma criatura. Acorda e sai correndo para pedir perdão.


Não ter controle sobre os sonhos fez com que a humanidade criasse alternativas para os desejos, diversas válvulas de escape. Mais uma vez você cruza a linha desenhada por Deus só que decide tomar o caminho da esquerda. Encontra o inferno e toda a glória dos que caíram mas ainda assim lutam por alguma dignidade. No lixo do que sobrou da terra e que nem mesmo Deus consegue olhar, existe uma ponta de esperança chamada submissão. O que alimenta aquela terra seca e quente é o orgulho que se sobrepõe ao gosto doce e convidativo do paraíso.


Após todas essas experiências você poderia abrir sua igreja, escrever seus livros e fazer com que várias pessoas tentassem entender aquilo que viu e sentiu. Só esquece que quem te fez não é o mesmo que fez teus familiares , e quem tenta de desfazer faz questão que sejas capaz de seduzir o maior numero de pessoas possível.


As portas do céu estão fechadas , e as do inferno também . O que aconteceria se não houvesse lugar para você ? Me diz, qual verdade te salvaria ? Qual página que você esqueceu de ler traria consigo a chave para passar por mais um mundo , ou por vários outros ? Você sabe, eu sei e eles também sabem , que ficar sem resposta é pior do que ouvir aquilo que mais odeia.


O silêncio não te permite viajar ou sair desta atmosfera apocalíptica.

Eu vejo as cores do céu , eu sinto o calor do submundo ... tudo é como é , tão cartesiano e empirista ao mesmo tempo. Não é evitando que se descobre o que é bom para si.


Comece aceitando o pior, para então digerir o melhor.


Enquanto isso ambos esperamos por nada.

domingo, 13 de setembro de 2009

Ts Ts Ts Ts ... só decepção




Acho que a rotina já está tão forte que nem me lembro do que se passou durante a semana. Tudo parece muito igual ... Talvez o fato de ter um microondas depois de 22 anos seja algo interessante. Não, é normal para falar a verdade.


Enfim, sair no sábado poderia ter sido algo simples se mais uma vez não dependesse de outras pessoas. Eu estava realmente disposto a ir em um show aqui perto de casa, mas percebi que não faziam tanta questão assim, então uni a fome, o mau humor e a falta de grana e fiquei em casa mesmo.


Para não dizer que fiquei sem fazer nada, arrumei uns riffs de baixo que tinha feito , e toquei todas as musicas da banda , para ver se alguma coisa precisava ser ajustada. To pensando em mudar o nome da banda para " The Cabaret in flames and its one man inside".


Cada um sabe o que faz com seu tempo livre. Só não venha me irritar com relatos.


domingo, 6 de setembro de 2009

Die hards....




Os mesmos textos sobre jornalismo e suas reais funções sociais. Os mesmos textos tentando dizer que hoje em dia tudo está fora do que inicialmente havia sido criado.

Sábado, no centro de São Paulo, fui tomar aquela cerveja com um fella. O primeiro local com cara de vazio e com mesas que encontramos foi suficiente. O que estraga um pouco é saber, depois de três garrafas de cerveja, que o preço delas é R$6,00, cada uma. De qualquer modo ganhamos uma dose extra de caipirinha daquelas bem puras mesmo. Conversas e mais conversas, seja eu entrevistando meu amigo sobre a realidade do pixador ou ele dizendo que conhece meu jeito "difícil" de ser. O que mais importou mesmo foi a liberdade de podermos conversar sem se preocupar com horário, local ou responsabilidades. Poder sentir o gosto da cerveja e filosofar sobre qualquer coisa.

Chego em casa e decido cortar a merda do cabelo (bêbado), pego a máquina e faço o velho moicano afro descendente. Tudo uma beleza, não consigo parar de pensar na conaturalidade da minha ação. Ri muito depois.

Como se isso não fosse o bastante, fecho o sábado com chave de aço assistindo aos Dvds de ninguém mais ninguém menos que Casualties, Sick of it All, Walls of Jericho e Hatebreed. Se eu disser que esse sábado não foi feito sob medida para mim serei o filho da puta mais cretino do bairro. E olha que tem uns aqui que são praticamente imbatíveis.

Pronto, domingo eu deixo para os fichamentos e mais aborrecimentos acadêmicos. Tomo a boa cerveja e escuto Die Hards até o PC travar...

Destroy Everything !

domingo, 23 de agosto de 2009

Pensamentos de poeira ...




Do que adiantaria soar o mais melancólico possível ? Ou escrever milhares de lamúrias tentando fazer com que o sentimento de pena nasça nas outras pessoas ? Porém, cada um escreve como bem entende. Isso me inclui.

"Limpe a areia das suas botas. Não é todo dia que você acorda e se sente como um balão preto, solto. Tantas pessoas lhe disseram para não alimentar seu coração com gasolina, mas sua vontade de liberdade falou mais alto. Cigarros e mais cigarros no banco do carro, você está matando seus pulmões com todos esses pensamentos idiotas e fodidos. Neste momento, o carro já está tão rápido que você não ouve mais nada e pode ter a certeza de que morrerá no exato momento em que alcançar seus sonhos.

Existe um pacto que é mais forte do que qualquer outro. O pacto feito com sangue e anéis em forma de cobras cascavéis. Acaba aceitando uma outra metade tão problemática quanto você. que não de trará uma vida confortável e segura, casa, cão, domingo e televisão. Te trará tudo aquilo que você sempre quis e rezou para que Deus te perdoasse por querer. Hoje, seremos nós os anjos na frente do paraíso pedindo para sair e viver aqui mais uma vez, onde se sente através da pele. Vive mais quem dorme menos, talvez por isso eu e você estejamos aqui , drogados com café, álcool ou seja lá o que mais puder ser. É possível conhecer a si mesmo sem construir uma imagem ou legado. Você continua na estrada, com as botas cheias de areia do deserto e com a mente cheia de canções que ninguém nunca deu valor. "

domingo, 9 de agosto de 2009

Deriva ...




Passar madrugadas e madrugadas bebendo cerveja na frente do pc, escrevendo ou pensando no que fazer para o próximo stencil. Algumas vezes acho confortável e seguro, por outras vezes acho uma lástima não ter alguém para me acompanhar na bebida. O que também não é o fim do mundo.

Tenho a maldita mania de sonhar com coisas que influenciam no meu humor durante o dia todo. Define se eu estarei feliz ou com raiva, chateado ou com aversão à alguma pessoa. Acontece frequentemente e, por mais que a pessoa não tenha culpa alguma, dentro de mim algo fica estranho.

Não consigo parar de escutar Adrift do Reffer... Além da bela harmonia a letra também tem toda uma importância. Quando eu a escuto penso no seguinte:

"Por vezes deixei minha vida seguir como um barco, sem um destino concreto ou uma meta a atingir. E foi nessas vezes que eu me surpreendi mais. Pois é, acho que preciso mesmo deixar as coisas mais à deriva".

São 5 dias da semana que você pode complicar tudo e passar muito nervoso, ou simplesmente respirar fundo e deixar o barco navegar ... Rumo ao sol talvez.

=) :

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

love is a losing game...




2:15 a.m. bebendo cerveja sozinho numa sexta (para mim, sábado para o mundo) com gosto de álcool Zulu. É assim que muitas vezes as coisas têm que ser. Você olha para o lado e vê um amigo bêbado e desesperado, maior de idade e que não se encontrou ainda. Olha para o outro e vê mais um amigo lutando constantemente para seguir as regras da vida a risca, firme e forte na fé de que está fazendo tudo certo, e morrendo de desejo por fazer tudo errado. Olha para trás e não vê mais um amigo que fez batismo de sangue com você ... Mais a frente vê mais um amigo tão condenado quanto você, bebendo e afogando a realidade para ver se assim ela fica mais fácil de engolir. Olha para outra esquina escrota e vê o amigo que está no caminho certo para ter uma vida frustrante e ainda assim parece ser superior a você, porém inveja cada erro seu. Quando anda mais um pouco, vê aquele amigo que tem todas as palavras certas na ponta da língua, mas quando está com medo age como criança e toma as decisões mais imaturas que existem.

E quando você se olha no espelho vê um amontoado de coisas que foram jogadas por essas pessoas, e que deixaram você soterrado de problemas e tolices que não te pertencem. Existe uma pontinha sua que ainda lhe é visível. Está pontinha aparece como toda angustia de não saber como dizer a todos que você ainda está vivo. E que não quer mais ouvir falar de como deve ser e agir com os outros.

Essa pontinha é a única prova de que você ainda preza tomar uma cerveja no boteco e jogar conversa fora. Preza não ser exemplo, mas ser algo importante de certa forma.

Half a person.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Era uma vez ...


... uma realidade escrota e chata , repetitiva e cansativa de um menino (ou rapaz, foda-se) outsider de tudo o quase todos. Ele escuta os seus cds, ele lê algumas coisas, troca informações e se esforça ao máximo para achar um pouco de interesse nas conversas que houve por aí. As vezes ele engole quieto, só para não mandar o bom amigo tomar no cu. Outras vezes ele dá um esporro logo na primeira piada fora de hora.

Era uma vez uma cena morta na região onde ele mora. Bandas e mais bandas se matando de ensaiar para no final das contas serem sempre testa de ferro das supostas "bandas undergrounds" conhecidas. Sei lá o que isso de fato quer dizer, só sei que esse menino acha tudo uma bosta ... mas respeita. Ele não sabe mais o que fazer com sua cabeça. Tenta executar umas atividades extras como fazer stencil, desenhar , pintar camisetas, tocar na sua banda ... ler sobre bandas ... Ler sobre o que restou das bandas.

Era uma vez uma puta insatisfação que se instalou no olhar desse menino, quando escuta falar de política, sociedade, religião. Nem por isso ele virou apolítico, ateu e Gótico. Muito menos montou uma banda para ficar chorando sobre uma realidade que ele vive porque quer. Isso mesmo, ele escolheu ser insatisfeito e admitir que quase tudo que é corriqueiro, comum, fede a merda e não desperta interesse.

Era uma vez um menino que, em muitos momentos, preferia ser idiota ao invés de conhecer tudo o que conhece. E não ter a vontade louca de sair dessa porra de bairro e ir viver outras experiências que valham boas histórias. Esse menino reclama mesmo, e não obriga ninguém a entendê-lo.

sábado, 1 de agosto de 2009

.... linha de baixo .. cerveja ...




Sábado ilhado em casa, por vontade própria, terminando um som novo para a banda. Linha de baixo mestra que aprendi com meu fella Gabriel, letra em andamento e punk rock solto. Uma vontade louca de tocar novamente, nem que seja para um bando de junkies como da última vez. Acho até melhor, assim me sinto mais "em casa". Ou não.

Estava pensando, bandas como Anti Flag deviam vir tocar aqui no Brasil , ao invés de coisas como Oasis, ou aqueles três Hansons de cabelo preto ... alguma coisa Brothers. Jonas Brothers ! Isso ae. Pau no cu deles. Tem horas que eu não consigo respeitar o gosto dos outros, foda-se.

Enfim, acordei com vontade de escutar meus velhos cds das bandas Dominatrix, Hats, Biggs, Eagles of death metal ... essas coisas, e agora nada melhor do que curtir um TheRoots. Acho que eu posso dizer que refinei meu gosto musical, consigo gostar das velhas bandas punks sem esquecer que se procurarmos bem , encontraremos boas bandas atuais.

Lembro quando eu colava na galeria do Rock e só conseguia enxergar os cds de Hardcore e Punk rock, hoje consigo ver uns de garage e stoner legais mesmo! Ah e claro, o bom , velho e memorável Ska/Reggae/Rocksteady. Nada melhor do que escutar um "Guns of Navarone", ou "You're Wondering now". Clássicos, penso nos Rude boys andando por aí curtindo seu som de boa e com classe. Penso também nos milhares de punks que foram influenciados por eles. Aí eu acabo pensando em Clash e vou escutar "London Calling".

É isso ae. Music is my hot sex.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Let it go...

Estava escutando uma música antiga até, que costumava escutar em 2003 mais ou menos. Mama Said do Metallica. Música bonita demais, me faz lembrar de Johnny Cash e Hank Williams...

Enfim, deixando o passado de lado por enquanto, não sei mais gravar nada que faz parte do meu presente. Na verdade eu tento criar uma música nova todos os dias, e fico cantarolando melodias pelas casa, mesmo que ainda nem tenha pensado em uma letra. Algumas vezes saem coisas boas, outras vezes são coisas que só me chama a atenção por alguns dias. Depois parece que eu apuro os ouvidos e as deixo para trás.

Me deu vontade de escrever, só de ouvir essa música do Metallica. Sabe quando você escuta uma música e imediatamente lembra de um lugar ? Geralmente um lugar que você nunca foi. Eu lembro de um lugar frio pra caralho, com um puta céu azul e uma montanha gigante na minha frente. E eu penso " Puta que pariu, por onde eu volto ? ". Mas é bom, é legal, to sozinho e em silêncio. Ali acho que eu não teria muita coisa para tentar melhorar. Aqui , todo o segundo me faz querer explodir a cabeça de alguém com um tiro de 12.

Mas eu não tenho uma12, sorte de alguns.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Hardcore positivo




Eu ainda me lembro de como era foda aquela sensação de que domingo estava chegando e um show de hardcore me aguardava. E o melhor, eu só precisava levar 1 kg de alimentos não perecíveis. Parece que de fato eu conseguia sentir toda a positividade da música misturada com a fúria e a velocidade dos meus pensamentos, da vontade de fazer parte não fazendo.

era tudo tão simples, as bandas tocavam de verdade , sem samplers e bases baixadas na internet. O visual era o mesmo skate punk de boa , sem neurose , sem drama, pouca etiqueta pouca educação. Era incrivel, eu passava a semana toda na porcaria de escola que mais parecida um presídio ou um hospital psiquiátrico abandonado, rezando para que chegasse logo o final de semana e os riffs de guitarra, a distorção , a bateria e o baixo grave que só a porra. Mesmo com frio e lama, eu pulava e me divertia , eu cantava junto e voltava para casa com fome e sem voz. Segunda feira na escola era só conversa, nem adiantava tentar copiar a lição , eu precisava passar um pouco da energia que senti para os meus amigos. E eu não bebia como bebo hoje, eu não me frustrava como me frustro hoje, eu ia na fé apoiado em Jah mesmo sem nem saber quem era ele na época ... e era feliz ao extremo.

Parece que a maior covardia do tempo foi roubar essas coisas de mim, e fazer dos meus parceiros de rolê pobres proletariados mais preocupados com ter uma vida material legal.

Mas o Hardcore positivo ainda está aqui, na faixa "Neoclassicismo" . Uma vez fellas, sempre fellas. Penso assim.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pelas ruas cinzas...




Percebi que já não era mais o mesmo, e todos os passos que dei sumiram junto com a névoa. Não me importa se é cedo ou tarde, já perdi todo o tempo que precisava para aprender a sentir mais e ler menos. Ler me fez aprender a entrar em normas de escrita, em termos de duplo sentido quando na verdade eu não buscava regras e perder o sentido seria a melhor coisa do mundo. Não sei se o café estava doce demais, mas estava agitado diante de um imenso silêncio. Diante de uma cidade inteira sem pessoas.

Eu aprendi a sentir a chuva sem reclamar do molhado , pois percebi que não reclamo do sol mesmo quando estou suado. Aprendi a ser menos injusto comigo mesmo e me permiti por alguns instantes dizer besteiras para desviar a razão do abismo da solidão. Se eu parar para avaliar todos os detalhes de tudo o que me rodeia, vou perceber que fui feliz no meio de tanta imperfeição , já que a perfeição maior é como luz. A gente vê, sente , mas nunca vai poder tocar.

Aprendi que dói mais segurar a mão de quem não se ama, do que soltar a mão de quem se ama de verdade. Não se prende um coração ou amarra ele ao seu. Apenas deixa que a musica leve os dois para o mesmo caminho , e ambos tomem um café em qualquer esquina, falem de seus problemas e se apaixonem. O que é simples hoje custa caro, porém , mais barato do que mergulhar na simplicidade nica e bela das palavras de uma poeta pode ser conhecê-la pessoalmente.

Aprendi que meu silêncio não expressa minha falta de interesse ou consideração, e quando eu brigo é porque no fundo estou querendo o bem. Aprendi que escrever vai muito mais além das palavras, está envolvido no significado e sentimento que cada uma delas tem.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Enquanto o Ep não sai ....

Stencil da Betty Page. Feito nas férias.


Eu vou bebendo minha cerveja e compondo umas coisas. Durante as férias 1 stencil, vários desenhos, nenhuma lata de spray, o baixo firme e forte, a guitarra idosa... ãhn .... o que mais ? Ah , tattoo na perna e falta de vergonha na cara , fotografias alheias e outras coisas mais .


Foda-se. Lifestyle de cu é rola, eu vivo o que tenho pra viver, seja com R$5,00 reais no bolso ou no bilhete único. Ha !

domingo, 19 de julho de 2009

frio... chocolate ... filme , sempre bom !




Nem sempre você precisa fazer aquele rolê incrível, cheio de bebida e com musica extremamente alta, para passar bem o final de semana. Tudo pode ser bom ao redor de uma mesa de bilhar , com uma geladeira lotada de Itaipava (ok, tinha bebida) e bons amigos. Depois disso, fechar com chave de ouro não tendo que pegar onibus lotado e metrô para chegar em casa. Você volta de carro.

No dia seguinte, não tem ressaca. Olha que legal, parece que seu corpo já percebeu que as coisas não serão fáceis daqui para frente. Porém, quando anoitece você vai assistir "Diários de Motocicleta" na casa de uma amiga absoluta, come brigadeiro de panela e depois uma pizza. Conversa sobre o nordeste que está muito invadindo São Paulo entre outras coisas. Eu uso a palavra "invadindo" no sentido de muitas pessoas do nordeste do Brasil estão migrando para a nossa cidade constantemente, achando que aqui encontrarão uma vida melhor. E sabemos que não é bem assim. Enfim , assuntos a parte, volta para casa novamente de carro. Come chocolate e vai dormir.

Domingo ? Visita legal, punk rock , 3 Itaipavas ainda me esperam na geladeira e a ansiedade por segunda feira. Hãn ? Segunda feira ? Sim, logo menos conto o porquê.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia Mundial do Rock... uhum!




Pois é, 13/07/2009 dia mundial do Rock. Estilo musical que nasceu nos anos 50 blah blah blah. Sabemos disso né ? Enfim, parei para pensar sobre o Rock hoje. Parei, e percebi que só consigo demonstrar um verdadeiro interesse pelas coisas que surgiram dos anos 50 até o final dos 70 (falando de uma maneira geral ). Sei que é clichê dizer que o Rock de hoje em dia é ruim e tudo mais, porém é fato que as atuais bandas que infestam nossas Tvs ( pior ainda, via televisão !) são tão comerciais que as vezes me confundo e penso estar vendo uma propaganda de escola de cursos de línguas ou um comercial de chiclete de goma.

Todo o investimento na estética das bandas prova mais do que nunca que a industria cultural se adapta muito bem aos novos tempos, e mesmo que com a Internet o acesso às musicas seja mais fácil, as gravadoras não desistiram tão facilmente e os shows agora são a nova fonte de renda. Ok, em partes isso é bom porque aí a banda terá que se apresentar mais vezes e mostrar que também sabe fazer bem ao vivo. Por outro lado, o preço dos ingressos aumenta, principalmente se tratando de bandas internacionais. O mercado da música fodendo mais ainda com o nosso bolso.

Se tratando de qualidade, não posso dizer que as bandas do main stream são podres (antes fossem), se uma banda se propõe a fazer um som Teenager, e acha isso bonito e respeitável então que toque bem seus respectivos instrumentos, pelo menos né ? O gosto particular musical eu nem coloco em questão , porque senão a coisa não ia andar rs. De qualquer modo há um esforço por parte das bandas independentes do meio underground para conquistar seu lugar ao sol. Algumas buscam reconhecimento, entrevistas na Mtv, entrevistas pra revistas e claro, sucesso com as garotas, popularidade, enfim tudo o que não tiveram nos anos de escola. Outras buscam apenas tocar seu som , reunir os amigos, beber , se viciar, acabar com a sua vida e (se) chegar a velhice com orgulho de dizer que sobreviveu. Ah claro, e dfizer que tudo o que veio depois de sua banda é um lixo e nunca vai ser bom o bastante. E tem aquelas que querem um pouco das duas coisas, mas são incrivelmente prepotentes e não conseguem admitir para si mesmas que o som da sua banda é um saco, que só os amigos mais próximos toleram e que não adianta ficar fazendo pose de deprimido-excluído-rejeitado-revoltado-viciado-cult-violento-ateu-apolitico-mal amado. O Rock que hoje comemora mais um ano de vida (?) está saturado também de bandas que são como miojo, instantâneas. Porém , a grande massa que compõe o publico de tais bandas é formada por adolescentes de 15 à 17 anos que ao chegarem aos 20 vão sentir vergonha do som , ou simplesmente vão se preocupar mais com o sexo, com o trabalho e pouco com as bandas da gaveta de certos produtores aí. Os que realmente gostarem do estilo, não só musical mas de vida (se é que ainda existe um estilo de vida rock'n'roll) vão sentir vergonha do mesmo jeito e acabarão recorrendo à vanguarda que salva, sempre!

Lembrando que falei de uma maneira geral e confesso que um pouco ( ou bastante ) pessimista, porém posso citar vários nomes de ótimas bandas atuais (na minha opinião, claro) e tal como : Biggs, HellSakura, Matanza, Queens of the Stone Age, The Bellrays, Detroit Rock, Duane Peters and The Hunns, Stoney Birds, Hats, The Dealers, Spinnerette, Eagles of Death Metal,Heavy Trash, Horrorpops, Mars Volta, The Dead Weather, The Kills ... etc.

Enfim. Eu tenho minha banda, e nem me preocupo em analisá-la ou projetá-la, o que eu quero mesmo é que ela soe bem para mim e para meus companheiros de rock. Parece egocêntrico e clichê dizer isso, mas fazer o quê se nem sempre a verdade é reveladora e inédita. Às vezes é o simples e clichê que define o complexo e inusitado.


Rock on fellas.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

a voz da Igualdade




Hoje assisti um filme muito bom : Milk, a voz da Igualdade. Um filme que dispensa maiores comentários, Sean Penn simplesmente se superou no papel de Harvey Milk. Ao invés de fazer uma sinopse aqui, acho mais válido dizer aqueles que lerem este texto que assistam o filme. Porém, não posso evitar a grande vontade que me dá de escrever algo sobre aquilo que pensei durante as cenas, e o que consegui agregar à minha vida. O esforço para se tentar mudar nem que seja um pedaço pequeno da sociedade moralista e preconceituosa, levou uma legião de pessoas às ruas. Essas pessoas tinham um ideal, tinham um motivo maior e principalmente, pensavam na contribuição que estavam fazendo para as próximas gerações. De qualquer modo, não pude deixar de pensar que tais ocorridos, tais lutas não são tão antigas assim.

Hoje ainda existe muita coisa que precisa ser mudada, ou melhor avaliada. Vejo que o direito de ser, e de estar ainda é muito pequeno, se pensar em trabalho, escola, relacionamentos. O que você realmente pode ser para ter um trabalho ? O que você realmente tem que ser para formar uma família? A quem você precisa provar algo para poder ser respeitado no meio em que está inserido ? São perguntas que ainda custam a ser respondidas, e que são deixadas de lado. Penso que, por serem consideradas pequenas , ou questão de "educação", essas perguntas perdem o real valor. As pessoas não percebem que o mundo não evoluiu tanto devido às respostas, mas sim através das questões ... das perguntas. Da busca por uma resposta que não exclua o bem estar de nenhuma criatura nesse mundo.

A filosofia egoísta e individualista que hoje vemos é prova de que muita ainda está sendo maquiado. O agradável ainda está na embalagem daquele cosmético ou nas páginas anoréxicas de revistas de moda. Ser uma menina que projetou uma vida inteira ao lado de outra menina é algo engraçado , algo passageiro, mas quase nunca visto como algo sério. O garoto que conquistou seu espaço, sua formação e seus direitos de cidadão não passa de um lixo se for visto no metrô de mãos dadas com aquele outro garoto que o pediu em namoro há uns meses atrás. O tatuado precisa usar camisas para esconder sua arte, e o que tem piercing precisa retirá-los no final de semana quando for almoçar na casa dos familiares.A negra é chamada de mulata, porque dizer que alguém é negro soa como ofensa. O negro ainda é mal visto na fila do banco, pior ainda se estiver com as mãos no bolso.

O que eu sei é que eu vivo neste mundo e vejo muito disso, já passei por isso, já ouvi coisas que renderiam anos de terapia para alguns. Mas a minha força está não só na esperança, mas na vontade de um dia poder achar isso tudo mais patético do que já é hoje, e dizer para quem estiver ao meu lado que A VOZ DA LIBERDADE HOJE, É A VOZ DO MUNDO INTEIRO.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Musica quando as luzes se forem ...




... O tempo passa e o que era simples há anos atrás, hoje se tão complicado. parece que não há novidade nisso, parece que sempre foi assim e sempre será. Mas eu insisto em me lembrar, quando deito na cama antes de adormecer e fico pensando sobre minha vida hoje, e como era antes. As vezes eu volto dias, as vezes meses, mas na maioria dos casos sempre acabo voltando anos e anos. Quando tudo era mais intenso e bem mais verdadeiro. Quando a justiça não custava a felicidade.

Dos males o menor, não me sobrou tristeza, sobrou um vazio. Um enorme espaço sem utilidade. Agora eu sinto mais dores nas costas e consigo prestar mais atenção nos filmes. Agora eles me impressionam muito mais. Eu também estou ficando mais rouco a cada dia, acordo quase sem voz. Ainda bebo café, mas não tão frequentemente como costumava ser. Ainda amo o frio e torço para que chova. Mas eu não gosto mais de ir à Paulista, nem de ir à Augusta. Eu também não saio mais com o dinheiro da passagem no bolso , sem um propósito maior do que se divertir e falar besteiras. Eu nunca mais fiquei na escada rolante do Shopping falando mal das pessoas, mesmo quando eram deficientes. Nunca mais compartilhei segredos e nem fiz questão de saber muitos outros. Acho que o principal, foi eu não ter me tornado tudo aquilo que sempre repudiei, e muito menos corri para os braços de qualquer pessoa que me idolatrasse. Optei por algo muito mais chato e cinza. Optei por escrever enquanto escuto música.

Percebi que o sonho da minha vida definitivamente não é ter aquela maquete da 5ª série , com 3 bonequinhos num pátio verde e prédios em volta com um carro vermelho. Estou longe de constituir uma bela familia padrão. Ou não, eu até construa uma familia , que não viva a vida toda ao meu lado, mas tempo o bastante pare encher algumas páginas do álbum de fotos. Eu não sei o que estou sentindo, e acho isso normal. Para quê dar um nome aquilo que já está dentro de você, influenciando seu humor, sua escrita, seu vocabulário.

Se hoje eu quero muita coisa, amanhã acho cansativo e repetitivo. Se hoje eu quero a presença de alguém, amanhã já me lembrei de que não há um alguém anymore. Se hoje eu desisti, amanhã eu tento a mesma coisa, só dou um nome novo para não virar rotina.

E eu já nem escuto mais a musica quando as luzes se vão .

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Overkill...




A difícil tarefa de conviver com outras pessoas. Sim, parece que nunca terminaremos uma conversa com um simples final feliz, ou pelo menos, menos conturbado. Não interessa, conversando com um dos meus parceiros nas maldades, percebi que o período de 4 anos é muito intenso quando se tem 16. Já aos 21, nada muda muito, tudo parece se prolongar por muito tempo, isso inclui as coisas ruins, claro.

Eu estou desaprendendo a conviver com algumas pessoas. Houve um tempo em que eu brigava mais, e com isso mostrava para pessoa o que estava achando errado. Desta maneira ambos éramos capazes de achar uma solução para o problema, e tudo estava resolvido no mesmo instante. Agora não, parece que eu me sinto cansado só de pensar que vou ter que me explicar para alguém, buscando fazer com que ela entenda o que se passa na minha cabeça. Aí eu simplesmente deixo para trás, a pessoa e a situação, engulo uma espécie de aceitação e junto disso tudo me torno indiferente à pessoa, pois percebi que ela não vale tanto assim na minha vida. Talvez algum dos meus amigos prefira mesmo que eu nem brigue mais com antigamente, a questão é que ele mal sabe que talvez já nem seja mais meu amigo, e por isso não tenha conflito a ser resolvido, ou frase a ser interpretada.

A gente só luta e briga por aquilo que é importante. O resto , a gente só diz "oi, tchau, até mais."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

just listen to the call




... E não pense em mais nada. Escute o chamado e deixe se levar pelas ondas que rompem a realidade. Ondas que fragmentam o coração em pequenos pedaços de alma e desejo. Assuma seu egoísmo para Deus e para o mundo, aceitando de imediato as piores partes do seu ego, deixe que as feridas sequem por si só. E que a honra de chorar caia sobre seus olhos, lave seu rosto e apague de seus lábios aquele desenho rústico de um sorriso não verdadeiro. Deixe que as cordas do violão dancem com seus ouvidos ... apenas escute o chamado.

Houve tempos em que eu lutava diariamente para entender a mim e ao mundo, achar uma semelhança entre meus pensamentos e aquilo que me rodeava. E tudo o que eu consegui foi me frustrar mais ainda comigo, e com as pessoas. Era como dar voltar em torno de um buraco, ou como acordar de um sonho e perceber que meu rosto era completamente diferente do que aquele que estava na minha mente há minutos atrás. Passava dias olhando para o nada e pensando ... pensando ... imaginando como seria o amanhã ... o que dizer para as pessoas amanhã ... o que esperar ouvir delas amanhã. Inevitável foi o momento em que eu despertei de todas essas questões e me libertei de crenças adquiridas junto à neurose. Daí em diante, perdi amigos , ganhei inimigos, perdi colegas, ganhei novos colegas e tudo se tornou uma troca diária de destinos e caminhos. Não sei se seria correto usar a palavra "destino" no plural, pois geralmente se diz que só há um destino , mas quando você quebra seus próprios paradigmas percebe que o plural está em tudo, inclusive na sua existência. A minha nova forma de ver as coisas me mostrou que por mais forte que sejam minhas características pessoais, eu nunca serei o mesmo que fui ontem, quando te disse oi , ou adeus.

As marcas ficam, mas não são nada além de um registro. Toda vez que as coisas ficam ruins ou difíceis eu condeno todas as certezas e duvido até mesmo da solução. Quando percebo, estou fora de tudo. Sempre dentro de mim. Existe um mundo que é muito mais complexo do que esse aqui, e eu só chego nele quando o corpo desiste de resistir e a mente não se alimenta mais de razão. Existe um caminho que leva direto ao coração, só que ele está cheio de armadilhas e ilusões. O que eu sei é que devo continuar caminhando, parar não está nos meus planos.

Sei que ainda assim sou egoísta e quero tudo o que gosto só para mim, e custo a aceitar o fato de que não há amor quando se existe repressão e domínio. Então eu liberto à todos, pois sei que os meus sentimentos sempre serão intensos e falarão por mim. Tão intensos que congelam meus atos, me tornam frio e indiferente.

A intensidade do nascimento de uma estrela é a mesma intensidade do que digo. As vezes já morreu , e ainda assim continua brilhando. As vezes se apagou e eu continuo olhando.

.... Please, don't drive me blind




(...) Mesmo com essa sensação de tempo parado, eu ainda ando nas ruas, almoço, pego ônibus, enfim. Depois daquele ultimo dia e daquela ultima conversa eu achei que nunca mais seria capaz de criar memória, ou de ter uma identidade. Hoje vejo que toda aquela dificuldade era apenas mais uma maneira de me construir, destruindo tudo o que um dia chamei de "nós".

Estava aqui, tomando café e olhando para fora da janela, chuva e mais chuva. Nunca nos importamos com a chuva, ou em ficar molhados. E cada gota de espirrava no vidro era como uma palavra que você dizia. O pior foi não sentir nada com isso. Apenas tive vontade de escrever. Dizer que mesmo com a sensação de tempo parado, eu não achei outra forma de descolar seus olhos dos meus. Então, arranquei-os, e hoje só vejo o que eu quero. (...)

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eu sinto, misturado com meu sangue ... berrando !




Depois de todo o calor e de não ter mais nenhum senso de direção, eu sinto correndo junto ao meu sangue. Queimando minha pele, e amortecendo meus lábios. Parece como chegar a um campo de algodão, aonde tudo é branco. A música já não é mais a mesma, e parece que não estou mais na estrada, ou no deserto.

Me cansa ter que pensar sobre o que de fato está acontecendo, então apenas deixo os sentidos tomarem conta de mim , junto à substância que domina meu corpo. Eu tento olhar para o céu e ver o sol, tendo achar algo para me guiar... Só que está difícil.

Eu sinto uma vontade gigantesca de brigar e ao mesmo tempo eu também tenho vontade de passar uma noite inteira conversando sobre a vida e sobre os milhares de pontos de vista. Eu também busco uma bússola que guie meus pensamentos ... também busco um ponteiro que guie meu coração.

Agora eu sei bem qual a sensação de beber a tirar os próprios pés do chão, você vai tão alto que não sente mais necessidade de criar limites para a sua existência, e quando volta à realidade, cai de tal forma que muito provavelmente não irá se levantar.

Eu continuo navegando em direção ao sol , seja ele do deserto ou o sol dos meus pensamentos. Estarei sempre buscando uma direção.

Sim, quando eu voltar prometo contar como foi a viagem.

domingo, 24 de maio de 2009

Areia nas velhas botas pretas




... Antes fosse assim sempre, você acordar e lembrar de pouca coisa. Lembrar só do que foi interessante.
Caído ao lado da privada, tudo parecia ter apagado e acendido repentinamente. Levanto, olho no espelho imundo e vejo parte do meu rosto, um olho roxo, um corte pequeno no canto da boca. No chão só restaram cacos de vidro , um maço de cigarro e minha carteira (vazia). Quando volto para o carro na beira da estrada não consigo achar as chaves. Lá vamos nós aos velhos hábitos, pega o fiozinho, raspa um pouco da ponta dele, pega o outro fiozinho , "tec", "tec", plushhh ... faísca = partida.

Um puta sol na minha cabeça, e sem senso algum de direção, só estava seguindo em frente pq a estrada era retilínea mesmo. O som mal pegava, ainda dava para escutar um pouco de Eagles of Death Metal. E a sede ? E a dor de cabeça ? Tudo luxo, pura vaidade. Não tinha mais gosto de guarda chuva na boca, era gosto de gasolina mesmo. Em seguida bate aquele momento " oh, fuck you motherfucker, don't buy me this shit right ?". Paro o carro, sento novamente na beira da estrada ... penso um pouco , abro o porta-malas, pego minha garrafa de Jack Daniels, um copinho de Cabaré, cuspo um pouco para o Santo e bebo. Começo a lembrar de algumas coisas ... e do nada , como num insight, eu vejo as minhas botas cheias de areia ... caio.

Quando eu acordo , o céu está alaranjado, com um azul no seu topo ... só me resta aumentar o som do carro e cantar " Speaking in Tongues", dançando entre os cactos. Já até esqueci da fome, para piorar além de alcoólatra é vegetariano também. Comeremos cactos, sem problemas.

Eu já nem sei o nome do deserto onde fui parar. Leio algumas cartinhas jogadas no banco do carro... uma delas diz " Te amarei até no inferno". Acho que vai mais além do que isso. Tá para nascer... acho que tá para nascer.

Veny.

domingo, 17 de maio de 2009

Cordas vocais ...




Retorno mais uma vez a este espaço digital, tão popular hj em dia. Tal popularização fez com que centenas de blogs sem sentido ou que procuram desesperadamente por um sentido surgissem.

Ensaio de domingo com a banda foi legal, músicas novas (2) cada uma com sua característica, provando mais uma vez que podemos nos superar. Fico animado atém, mesmo achando que não é p bastante.

Às vezes eu me sinto cansado de não me animar com as coisas e achar tudo superficial demais.

Acho que já tomei um caminho que tão cedo não terá volta.

sábado, 9 de maio de 2009

Sempre foi de brincar sozinho .

Menino sai desse chão frio, para de brincar sozinho e vem aqui com seu irmão. Não mãe, ele não sabe brincar direito. Não quero saber, vai brincar com ele.

A semana acaba/começa, e eu simplesmente aceito. Passivo/agressivo, pensando somente no que será da banda. Não que eu não tenha outras coisas para pensar, tem a faculdade que está apertada esse semestre. O que parecia fácil antes, agora tá feio e difícil. Fora essas coisas da rotina, não tem nada muito novo. Talvez o novo seja o escasso contato que eu tenho com as pessoas que conheço, ou os antigos amigos. Melhor para mim, melhor para eles. Assim eu não preciso ficar ouvindo a opinião superficial deles sobre minhas atitudes e comportamente, e eles não precisam ouvir minha opinião seca , sem graça e pessimista sobre seus dilemas TÃO RELEVANTES. Dá para perceber que certas coisas não mudam.

De vez em quando me lembro do lixo do passado e até sinto o cheiro podre dele. De vez em quando eu me pego cantarolando algo do passado, e até escuto um sonzimho no fundo do ouvido. Tudo isso é pq top usando drogas rs. Brincadeira. Nostalgia faz parte.

O legal de ter um blog, ao meu ver, é ele ser seu e ponto. De que adianta 30 mil acessos idiotas e um monte de gente fingindo ler o que vc escreve ? E vc, lê o que escreve?

Que seja, cada conta alguma coisa da maneira que acha melhor. Eu conto assim.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tão louco que corta os braços e sorri !




Foda-se o positivo...
Fodam-se os pulmões....
Foda-se o bom sangue...
Foda-se a educação....
Foda-se o controle
Foda-se o auto controle...
Foda-se o bom dia...
foda-se mais este dia ....
Foda-se sua vida....
Foda-se seu amor.... coração ... romance ... paixão....
Fodam-se seus nomes ...
Foda-se minha mente ...
Foda-se minha razão ....
Foda-se minha postura...
Foda-se minha consideração...
Foda-se minha amizade...
Foda-se meu perdão ....
Fodam-se meus braços ....

E viva meu caos !

domingo, 12 de abril de 2009

Vai lá




Este espaço eu optei para deixar somente os meus pensamentos sem sentido. Não me é interessante comentar sobre notícias atuais, publicadas e publicáveis. Para isso existe o site do Folha On Line - http://folhaonline.com.br. Vai lá.

Hoje é domingo de Páscoa, tudo no silêncio, tudo na devida paz. A Itaipava gelando e esperando por mim. Não sei, não há tempo nem mesmo para sentir alguma coisa. Estava mexendo nas minhas tranqueiras e achei meus buttons antigos, escrito "Hardcore" no rótulo da maionese. Bateu aquela saudade das tardes de sol laranja. Mais uma vez né ? Repetitivo é a mãe.

É aí que percebemos o quão rápido o tempo é e que estamos envelhecendo. Bonito de se ver, e não tão fácil de aceitar. Mas mantemos a cabeça erguida por pior que tenham sido as guerras e os momentos de derrota. O ser humano existe justamente para isso, para viver ! O que pressupõe erros e acertos na medida do possível. Ainda para complicar mais existe a subjetividade, o livre arbítrio entre outras coisas de gente.

Queria poder ter uma mesa de bar em casa, eu até tenho uma mesa para beber e conversar, foi o que fiz na sexta feira a note, abri umas cervejas , comi Doritos e falei muito, sobre coisas inuteis, futeis , sem sentido. Não saciei uma vontade, apenas matei o tempo e saboreei a bebida sem prestar muita atenção no que estava acontecendo de fato. É como pedir para sair do seu próprio corpo, é como tomar 7 comprimidos de Diazepan e uma dose de Uísque.

Boa noite, até semana que vem... e que venha !

domingo, 5 de abril de 2009

As vezesnão adianta remendar

... Eu me torno invisível.


E intolerável.


Impossível de se conviver.


Sou assim, um pedaço podre de mim.

Veny.

domingo, 29 de março de 2009

Tá nas veias ... não adianta !




Hj reservei o dia para sentir saudades daqueles tempos de shows de Hardcore, grátis e tal. Era muito bom mesmo, ter o que fazer no domingo, sair com o pessoalzinho e falar do underground como se conhecêssemos de fato muita coisa. Eu ria muito mais naquela época e as pessoas eram bem menos dramáticas. A gente mandava se foder, e cinco segundos depois estávamos falando das bandas e o quão foda elas pareciam ser ao vivo. Recolher Flyers e as vezes até uns autógrafos, poxa o cheiro de vinho parecia bem melhor naquela época. Hoje me enjoa facilmente ! Cheiro de cigarro de gravo, uma blz , parecia o cheiro da Estrondo, quando ela ainda significava alguma coisa.

Eu vivi um bom tempo ali , o que não mudou mesmo é que continuo bem pobre, e devido à extinção de shows de graça eu saio bem menos. O desgosto toma conta de mim quando eu vejo os novos shows de Hardcore, com 3 bandas idênticas, hiper produzidas (visualmente falando) e ninguém mais soa de verdade ou fica rouco para valer. Nunca mais eu vi uma multidão fazendo bate cabeça no meio da lama ao som de "A marca dos 999 invertidos". Ok, eu sei não adianta viver de nostalgia , mas eu vivo , a vida é minha.

Veny, man , pega os cds do Lagwagon e arrasta tudo para a lista do Media Player, termina esse post, fecha os olhos e foda-se , aproveita !

Pãtz, 1 X 0 para mim !

sexta-feira, 27 de março de 2009

O que é isso menino ?




... Um remédio, você toma um hoje e o outro só depois de 7 dias. No total dá umas duas semanas sem poder beber nada de álcool. Parece mentira, eu mesmo não acreditava até ficar esse tempo sem beber e perceber que a cerveja já estava se tornando algo extremamente comum nos meus dias. Agora eu só consigo pensar em Coca - Cola ... e to comendo muito chocolate. Tá foda, se eu fumasse já estaria morto.

Daí eu começo a procurar duas mil coisas para fazer, tenho vontade de conversar , e cinco minutos depois eu não quero mais ver ninguém , nem se quer atender o telefone. Tudo certo, depois disso eu vou e começo a escutar Ska e Rocksteady... melhora ... bastante.

Vamos ver no que dá.

domingo, 22 de março de 2009

Só quando esfria o clima




Hj parece que eu dei uma acordada assim digamos. Senti a necessidade da família, mesmo esta sendo reduzida. É muito fácil dizer " Ok, deixa para trás vá viver sua vida ", mas é muito mais complexo quando se trata de família. Não é um simples título, nem pessoas vivendo num lugar em comum. É bem mais forte que o sangue e isso pressupõe que hajam pontos positivos e negativos. Cada família define quais desses pontos serão mais frequentes, ou mais marcantes.

A semana começa e ao mesmo tempo não começa, o que me deixa contente é sentir o frio. Enquanto isso eu leio um bom livro sobre Cuba, uma reportagem interessante que me serve de passaporte deixando minha mente em Havana. A realidade de um país que disse "não" à supremacia americana. A resistência de um povo que fica entre o Estado e a vontade de querer ter bem mais do que lhes é dado. Cuba é o que tem que ser, serve de exemplo e também pede socorro, diz não aos americanos e sim ao resto do mundo. Tudo vai do "jeitinho" de se conversar.

O povo tem uma espécie de riqueza que não pode ser roubada. O povo tem, e o povo sabe.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Necessidades especiais ...




Talvez seja apenas um momento , uma fase. Porém, fico imaginando o dia em que ela vai passar definitivamente. É como estar morto , estando vivo. Eu levanto e faço minhas funções diárias , e quando paro, não consigo sentir parte daquilo que acabei de fazer. Não há mais sabor, nem cheiro.No entanto, eu também não estou triste ... ou algo próximo disso.

No jornal , pude ver o reflexo da sujeira e falta de educação das pessoas nas fotos das enchentes de ontem. Não consigo sentir pena das pessoas, uma vez que são elas as responsáveis por isso. A porcaria do copo do Mc Donald's pode ser jogado no lixo , ao invés de ser deixado na calçada. Enfim, coisas óbvias assim nem deveriam ser motivo de preocupação hoje em dia. Quando eu estou voltando da faculdade, fico prestante atenção no que vejo do lado de fora do metrô ... tudo parece estar apenas esperando o dia exato para desaparecer. O mundo esta saturado, esta cansado das pessoas. Tudo parece feio e idiota, não tem sentido e quando eu olho para as paredes consigo por alguns segundos ver algumas coisas que dão vida à figura urbana. A cidade envelhece mesmo tendo centenas de jovens.

Na faculdade as esperanças se esgotam com maior facilidade. Basta parar, olhar , ouvir ... e perceber que quase nada ali é dito e que muitos ainda acham estar dentro da sala de aula do ensino médio , onde pensar e ter um ponto de vista era luxo de poucos.

Seja como for , até agora , o meu momento mais feliz foi durante as 2 horas com a mente amortecida e o álcool correndo nas veias. Foda-se.

terça-feira, 10 de março de 2009

Eu ouvi dizer que o amor é cego




"Naquela mesma manhã eu decidi caminhar um pouco, tentar esquecer o que aconteceu na noite passada. Porém andar só me fez lembrar, de cada cena, de cada palavra que eu vou e também das que tive que te dizer. Sabemos muito bem que, por mais que o amor parecesse estar sempre ali, fomos alimentados por uma raiva e por um medo de abandono. Não sei o que nos tornamos, sinceramente, não sei ! Mas não sou de culpar, ou desculpar. Simplesmente somos assim, e o que vai ser depois que você acordar ? Esta muito longe dos meus passos.

De que adianta me explicar ? Você sempre vai achar uma maneira de contradizer o que acabou de escutar, mesmo que seus argumentos só culpem mais ainda suas atitudes. E eu também não gosto de deixar tudo no silêncio, não consigo aceitar o fato de termos que sempre deitar na mesma cama, gelada, pensando em como começaríamos a expor os pontos de vista. Na verdade, deveríamos pensar em como pedir desculpas um para o outro, olhos nos olhos.

É nesse frio que eu acabo lembrando o quanto gosto de você, mas ao mesmo tempo sei que esse "gostar" irá fazer com que eu brigue cada vez mais. Fujo do controle quando eu te olho e parece que você esta distante de tudo, principalmente de nós. Infelizmente eu não sei simplesmente chegar e dizer que te amo, eu preciso sair, preciso ver outras pessoas e acabar fazendo a pior escolha. No final da noite, eu volto para a sua cama, ainda mais gelada do que na noite passada.

O problema é que me pareço tanto com você, que não aceito o fato de haver erros e enganos. No final das contas, eu sempre volto. Deve ser porque ouvi dizer que o amor é cego, e eu preciso dizer , que ainda te amo. Estúpida, carente, manipuladora, seja lá o que for, você também é parte de mim ."

segunda-feira, 9 de março de 2009

The Last Burned Heart




I threw myself into the mist
trying to hide all my fears
Trying to blind my mind
and forget what you meant to me
Then I realized in time
That I wasn't living my life
If I must feel all this pain
I prefer it, than hearing goodbye !

While you're burning my heart
I was there bleeding for you !
While you're burning my heart
I was there changing the rules!

Those days remind me the sun
That burned my scarred skin
Maybe I did my black days
The black I'm living today
Yeah, I choose to live them
Instead of saying goodbye !

While you were burning my heart
I was there bleeding for you !
While you were burning my heart
I was there changing the rules!

Now it's the end of the line
We made to remind our lives
The world is heavier than me
but I tried, I tried and I tried !
You said I cannot love you
I said I loved but it's time to say goodbye !

While you were burning my heart
I was there bleeding for you !
While you were burning my heart
I was there changing the rules!

É isso ai Brasil.

domingo, 8 de março de 2009

Elas/Eles, Eles/Elas




Dia Internacional das Mulheres. Dia que se repete mais 364 vezes.

Além dos milhares de textos clichês, e metáforas batidas, acredito que este dia representa também uma realidade nada boa e que não evoluiu muito durante esses últimos anos. As mulheres ainda são agredidas, descriminadas, desamparadas, exploradas, mal tratadas, etc. Sei que isso também é clichê, mas talvez não seja um clichê tratar ou lembrar-se disso em pleno dia Mundial das Mulheres, uma vez que, as pessoas preferem falar da utopia que é a "boa" vida feminina neste mundo ao invés de abordar temas políticos e sociais que definitivamente fariam a diferença no dia-a-dia delas.

Bom, ainda insisto que, o respeito deve ser o passo principal para uma verdadeira mudança, e a liberdade da mulher ( hoje vejo com olhos menos extremistas ) já deveria ter sido conquistada. Muito foi feito, e claro, muito se melhorou, mas se conformar com isso seria parar no tempo e não garantir que as próximas gerações não passariam por situações de repressão e abuso.

Homens e mulheres, nas suas diferenças , acabarão sempre sendo iguais ! Logo, o respeito é mútuo !