quarta-feira, 10 de junho de 2009

.... Please, don't drive me blind




(...) Mesmo com essa sensação de tempo parado, eu ainda ando nas ruas, almoço, pego ônibus, enfim. Depois daquele ultimo dia e daquela ultima conversa eu achei que nunca mais seria capaz de criar memória, ou de ter uma identidade. Hoje vejo que toda aquela dificuldade era apenas mais uma maneira de me construir, destruindo tudo o que um dia chamei de "nós".

Estava aqui, tomando café e olhando para fora da janela, chuva e mais chuva. Nunca nos importamos com a chuva, ou em ficar molhados. E cada gota de espirrava no vidro era como uma palavra que você dizia. O pior foi não sentir nada com isso. Apenas tive vontade de escrever. Dizer que mesmo com a sensação de tempo parado, eu não achei outra forma de descolar seus olhos dos meus. Então, arranquei-os, e hoje só vejo o que eu quero. (...)

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