sábado, 3 de outubro de 2009

Etanol




É como uma corrente de ar que passa e derruba as placas de sinalização. É como gasolina correndo pelas veias, alimentando uma sensação de absolutismo ou nirvana. É como pólvora no estômago, ou diesel no fígado. Os pulmões cheios de violência, o cérebro enfeitiçado pelo Etanol.


Existe uma maneira correta de se falar sobre as sensações. Quando são boas e moralmente aceitáveis, escreve-se textos enormes, cheios de eufemismo, uma chatice. Porém, quando se fala de sensações que necessitam de algum aditivo, pronto, tudo vira tabu e cai no senso comum. Talvez o mundo nunca tenha parado para pensar que se opta por certas sensações justamente pelo prazer que elas proporcionam, ou que não seja prazer, mas seja libertação. Sim, todos sabem que depois tudo vira prisão, vício, incapacidade de existir sem o lado "químico" da coisa, mas dessa vez optei por falar do presente, do instante em que o sangue já não é puro, assim como o resto do corpo.


É uma sensação cretina de segurança, de superioridade quanto aos problemas. Você se torna capaz de falar dos próprios problemas, sem se retirar da causa deles. Geralmente as pessoas apontam o problema e falam com uma indignação digna de quem não contribuiu para o mal estar, porém sabe que é elemento definitivo dentro dele.


Dá vontade de falar de tanta coisa, como por exemplo:


Banda
Banda dos outros
Shows de conhecidos
Cena underground atual
Realidade de quem toca hoje em dia
Problemas internos dentro da própria banda
Falta de compromisso dos integrantes
Integrantes que se entendem
Riffs
Mais Riffs
Política
Mídia
Meios de comunicação que agem como prostitutas

Fotografia
Música muito boa que o amigo fez

Música muito boa que você fez

Estudos

Trabalhos

Hardcore genuíno

Namorada (o) dominadora (o)

Liberdade de verdade

Punk rock

Cerveja

Mal do mundo


...


Etc.

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