E o amor é humano. Tão humano que ainda me rasga a carne.
Tão humano que está sempre com fome, querendo carinho, querendo abrigo no meu
peito. Domina, escraviza, desconstrói os fatos, finge que aceita os argumentos
e depois cede ao apelo de sua própria natureza. Amor, meu caso mais duradouro –
o relacionamento mais sério que já tive.
Ele acorda e me diz um bom dia seco. Finge que não está
vendo meu mau humor. Busca organizar as frases de maneira engraçada, apostando
comigo que conseguirá arrancar um sorriso do rosto moldado no azedume. Vem, convida-me
pra sair, almoçar, senta ao lado e finge interesse pelos assuntos que trocamos
entre uma garrafa e outra. Amor esse que é apegado demais a mim. E eu já não
consigo fingir indiferença.
Amar é humano e eu acabei me apegando.
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