quarta-feira, 8 de maio de 2013

Amar é humano



E o amor é humano. Tão humano que ainda me rasga a carne. Tão humano que está sempre com fome, querendo carinho, querendo abrigo no meu peito. Domina, escraviza, desconstrói os fatos, finge que aceita os argumentos e depois cede ao apelo de sua própria natureza. Amor, meu caso mais duradouro – o relacionamento mais sério que já tive. 

Ele acorda e me diz um bom dia seco. Finge que não está vendo meu mau humor. Busca organizar as frases de maneira engraçada, apostando comigo que conseguirá arrancar um sorriso do rosto moldado no azedume. Vem, convida-me pra sair, almoçar, senta ao lado e finge interesse pelos assuntos que trocamos entre uma garrafa e outra. Amor esse que é apegado demais a mim. E eu já não consigo fingir indiferença. 

Amar é humano e eu acabei me apegando.


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