domingo, 14 de setembro de 2008

O destino da bala, da embalagem e do adesivo.

Estava limpando as coisas, estava distraido com meus pensamentos , quando achei um estojo azul , então , tudo voltou como um furacão. Perdi o ar.

Tudo estava lá, até o cheiro era o mesmo, parecia que não tinham se passado dois anos desde então.A bala de canela , que ganhei de uma maneira singular, o papel de trufa que veio de tão longe , e que me surpreendeu além do imaginado .. o adesivo roubado , tudo dançando diante dos meus olhos e como se num segundo o universo da minha mente refletisse todas as minhas vontades eu temi , mais do que tudo , voltar a sentir, voltar à vida. Não seria o bastante tudo o que já passei, e todas as tentativas de dar vida a estes objetos , tudo jogado fora , tão pequeno , tão grande , mas grande mesmo só para mim. A música de fundo foi a melhor , como se eu tivesse encontrado a caixa de brinquedos no azulejo do banheiro, como se eu tivesse a missão de devolvê-la ... eu me perdi novamente em vontades e atitudes já controladas, ou ao menos , silenciadas.

Não há razão para esses encontros do destino , não havia razão para continuar com tudo aquilo , a bala e os demais objetos só servem hoje para reanimar um corpo morto e não me é mais conveniente parar no tempo como parei.

O destino dos objetos foi o mesmo que o meu ... a lata do lixo.

La valse D'Amélie

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