sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pobresia


Que porra de poesia
de métrica fabricada
de disritmia calculada
que trança a língua
na ponta dos dedos
finge beleza e finge fraqueza
Encanta quem não tem
domínio da leitura
Mas que só lê pra libertar
Pra quem se diz concreta
Larga a régua e a caneta
Se rabisco é ensaiado
Perde a graça o verso versado.
E de concreto só o chão
Pra cara bater antes mesmo do coração.

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