segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Morrendo enquanto se vive

Título fúnebre. Só o título, não se preocupe.

De repente, escutei uma música que me fez lembrar do passado. Clichê. Natural, estou vivo, como não passar por clichês? O som é triste, sim, e me faz tão bem...

Trouxe-me de volta a uma época em que eu ainda cultivava alguma esperança de viver o amor que escolhi para mim, mesmo sem ter sido escolhido por ele. Naquele tempo, bastava acordar sem o "não" como resposta definitiva para que a cabeça começasse a tecer infinitas histórias felizes, com direito a finais de semana na praia e jantares.

Porém, cá estou eu, sem amor. Mentira. Essas palavras só estão aqui porque tem um sentimento tão forte dentro de mim que nem mesmo negligenciá-lo fará com que seu impacto seja menor. É como se a melancolia fosse o combustível básico e o amor a deixasse aditivada. É, mais ou menos isso.

Veja, não foi tão fúnebre. Foi curto como o último segundo antes da morte.

Agora sim, fúnebre.

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