Um belo dia para morrer. A temperatura estava baixa e o tom de azul banhava as paredes descascadas da minha casa. Chovia pouco e pela janela pude observar meu corpo ali, parado. Do outro lado não existia nada além de um silêncio profundo.
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Joshua era um rapaz atencioso. Fazia questão de perguntar o nome das pessoas com quem conversava. Acreditava que isso as trazia para perto. Uma maneira de arrancar algum sorriso durante a conversa.
Delicado como um floco de neve, sorria com o olhar. Penetrava na alma das pessoas quando conversava com elas. O olhar vidrado nos olhos diante dos seus absorvia confissões e medos. Assim como paixões e amor.
Preferia não pensar sobre a maldade. Evitava a tristeza com todas as forças. Queria manter aquele eterno estado de satisfação que envolvia sua existência. Jamais perdera a paciência. Vivia a ditadura da felicidade.
Tinha uma bela namorada que o admirava demais. Ao contrário dele, a garota de cabelos curtos e braços inquietos parecia um vulcão adormecido. Mesmo em silêncio, impunha respeito e intimidava os demais ao seu redor. Mas seu coração era quente, feito de lava. E estava mais vivo do que o sol.
Joshua e Maleena não tinham nada de especial. Não merecem esse texto porque tiveram uma incrível história de amor ou vivenciaram dramas complexos. Eles estão aqui porque souberam viver a simplicidade do seu relacionamento. Não se preocuparam em encontrar explicações para todas as coisas que os motivavam a manter o compromisso. Eram livres o bastante para optarem por pertencer um ao outro, apenas.
Eram normais. E se você buscava aqui um relato surpreendente sobre casais, sentimentos, vontades e verdades, perdeu seu tempo. Tudo aqui é dissolvido no mesmo instante em que seus olhos chegam ao ponto final.
Não há nada. Pode partir.
R.I.P. Veny's Heart.
Um comentário:
Me permita um comentário composto por uma sigla?
PQP.
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