quarta-feira, 9 de julho de 2014
O que há no fim da estrada
Às vezes eu penso que a gente só ama quando abre mão do amor. E chama gostar de "querer pra sempre". Rodamos os ponteiros do relógio ansiando acelerar os segundos e fazer deles anos, décadas, bodas de prata...
Penso constantemente que "coração", "paixão", "chocolate", "cartão", "mãos dadas" e "mensagem de madrugada" são as melhores coisas do mundo.
E as melhores coisas do mundo foram feitas para serem lembradas e não vividas eternamente. Quando você abre o álbum de fotos, o sorriso é mais sincero do que aquele que foi congelado na imagem. E por quê? Porque tudo passou. Porque virou lembrança, virou algo que não se toca e se não toca não dói e se não dói não se sente e se não se sente não se sofre.
E não estamos preparados pra sofrer. Por isso inventaram o choro. Ele é físico, no primeiro soluço, mas depois vira etéreo - no segundo suspiro.
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