terça-feira, 18 de novembro de 2008

Minhas vozes




Não é sempre, mas de tempos em tempos eu sinto uma vontade gritante de falar sem parar. É como se meus pensamentos não pertencessem mais à minha cabeça, neste instante eu procuro uma outra voz que não seja a minha.

Passo a tarde andando e para variar, transformando meus dias em simples momentos compostos por diálogos longos e teorias sobre uma vida incerta. Parece que o destino brinca comigo de diversas maneiras e sempre coloca no meu caminho alguém que viva parte do mundo que eu considero essencial: Um mundo simples, direto, um mundo sem disfarces. Mesmo que eu me irrite, sempre haverá uma pessoa que sabe como lidar comigo sem precisar ler minha mão ou viver mais 5 anos a meu lado. Ainda existem pessoas que sabem ler um simples olhar meu, portanto, a minha voz não é a única.

Sei que nunca dura o tempo necessário para se realizar todas as expectativas. Também sei que nem sempre acaba do jeito simples que começou, mas são desses blocos de momentos de liberdade que eu vivo e busco dar um passo a diante toda vez que levanto e me disponho a encarar o mundo lá fora.

C.R.A.Z.Y.

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