segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu te sinto todos os dias mesmo sem te conhecer. É assim, não controlo.

Talvez esta seja a motivação para levantar e enfrentar a rotina. Lidar com o desconhecido e imprevisível é flertar com a possibilidade de te encontrar. Às vezes, olho para certas pessoas e quase sinto você. Logo depois o sentimento se vai e então percebo que estava errado.

Como é possível viver assim? Eu tenho um forte sentimento que condicionado meu humor, minhas atividades e até mesmo as relações que estão ao meu alcance. Ainda assim, opto por você, espero por alguém que nem sei se existe de fato. Gosto de imaginar nós dois e desenho na minha mente seu sorriso.

O sentimento sem nome me envolve a cada filme, o que me faz colher de cada personagem um pouco de você e muito de nós. Só o mar poderia nos separar, nem o tempo, nem o espaço. Só o mar.

Quantas cartas já te escrevi? Quantas vezes sonhei com seu abraço? E acordei numa realidade penosa e desinteressante, onde as pessoas são coadjuvantes na nossa história. Eles nunca vão entender. Eu sinto e respeito isso. Sempre senti tanta coisa, em silêncio, e respeitei cada fase.

Você está nas músicas.
Você está nas letras.
Você está nos meus textos.
Você está nos meus sonhos.
Você está no cheiro da chuva.
Você está em mim,
Mas eu ainda não te encontrei. Não estou em você.

E eu já não aguento mais esperar, mas espero. "Por você, eu faria mil vezes".

(...)

Me olhava profundamente, como se analisasse minha essência, na busca por uma explicação. As ondas batiam em nossos pés e uma brisa leve e morna acariciava meu pescoço. O castanho dos teus olhos refletia o alaranjado do pôr-do-sol e eu me perdia naquele horizonte. Você é meu horizonte. Dois passos mais perto de você são também dois passos de distância entre nós. Isso nos faz viver e sempre buscar o outro. Somos intocáveis e dançamos abraçados sem nos importarmos com isso. O toque invisível de aquece a alma e o corpo.

Pegou na minha mão e colocou-a em seu coração. A areia parecia nos aconchegar e assim ficamos. Não havia filme melhor do que o exibido pelas nuvens. O céu começava a escurecer e as primeiras estrelas apareciam. Eu já não sabia mais se queria voltar e você era o motivo da indecisão.

Dormi protegido pelo seu amor. Acariciava meus cabelos e não deixava que minha alma se desprendesse daquele momento. Eu me saciava nos seus lábios e sentia no abraço a segurança da eternidade. Pra que voltar?

Estas palavras parecem exprimir uma felicidade perfeita, mas não é bem assim. Nossos defeitos garantiam a manutenção do entendimento, da compaixão e da capacidade de ceder. Éramos cúmplices nos momentos negativos e sabíamos que dor maior do que a da mentira não existia. Se eu ouvisse um "não" ao invés do "sim", me recolhia por algumas horas, refletia e depois voltava para encontrar aquele olhar que guiava meu coração. Quando você esperava de mim o amor maior e tinha em troca apenas minha presença - em silêncio - compreendia que eu estava num momento de individualidade e logo voltaria. Deitava sua cabeça sobre o meu peito e ouvia do meu coração as mais belas declarações.

Amor.

(...)

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