domingo, 29 de maio de 2011

The lights to find h...

Ficou tudo nos discos. Cada faixa revive um pedaço do que fui e ainda insisto em ser. A música substituiu o sangue. O álcool substitui a razão. Você substitui a si mesmo. Anula-se diante de mim.

Trinta vocalistas, 60 guitarras, 30 bateristas, poucos baixistas. Escravos dos meus devaneios e nostalgia. Rezam todos os dias para que eu os escolha. São apaixonados pelos meus ouvidos. Poucos atingem o coração. Normal, hoje em dia é assim em quase todos os (des)casos.

Idioma é detalhe. Letras pouco importam. Sempre me apropriei das melodias. São elas que dialogam comigo. O que o compositor tem a dizer pouco me importa. Egocentrismo pede licença. Egocentrismo pouco se importa com direitos autorais. Copy my sins, you have the rights.

Agora eu sei por que Deus não destrói logo toda essa porra. Em cada humano ele vê a sua própria droga. A sua catarse. A sua chance de errar sem ser julgado. A sua chance de sorrir mesmo com tantos problemas. Deus é viciado nos humanos. Sim, nós somos a droga mais potente. Matamos Deus lentamente.

Nenhum comentário: