Parei tudo, o som alheio, os pedidos, as ordens, as obrigações, simplesmente tudo, só para ouvir nossa música. A importância do ato de não se importar está justamente nisso, parar e não recomeçar quando o sinal for verde. Ou recomeçar só quando não houver mais nenhum sinal de que alguém nos controla.
Não me interessa estar dentro ou fora da sala, da mesa de trabalho. aprendi ao longo dos anos a respeitar minhas vontades, independente da vontade dos outros. E assim vivo no imediatismo do meu humor experimental. Mas não esqueço de ouvir nossa música. ainda que outras músicas tentem fazer com que eu sinta as coisas de uma outra forma.
Precisei lembrar disso:
"Chegamos em casa quase ao mesmo tempo. Jogamos o "trabalho" no sofá. Pastas, matérias escritas à mão, desenhos e folhas A3, dois isqueiros, duas chaves. Um breve "oi - seguido de um abraço cansado - e a disputa pela xícara de café.
- Quem vai tomar banho primeiro? Eu ou você?
- Eu.
- Por quê?
- Porque já estou no banheiro (correu)
- Ok. Pizza de quê?
- Sei lá.
- Vou fumar um cigarro e pensar sobre.
- Amanhã nós vamos no estúdio?
- Sim, vamos tentar matar tudo em uma sessão só.
- Ok, e depois?
- Depois tá muito longe, toma seu banho e me deixa pensar na pizza.
... "
Ouvindo - The Libertines: Music When The Lights Go Out
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