sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Os garotos sempre estarão aqui!

Creio que nunca cedi espaço aqui para que outra pessoa fizesse de suas palavras as minhas.

Contudo, dividi um momento único e valioso que não cabeira apenas nas minhas frases.

Obrigado, Diego Torres. Agora você estará sempre aqui.



Estão abertas as cortinas para o portal. Eis que o ritual para a libertação comum começa. Movimentam-se os corpos sedentos por um pingo verdade.

São rápidos, violentos e amorosos.

Comunitariamente serenos em sua visceralidade. Complacentes. Terapêuticos.

Os gritos, emudecidos pelo real, dilaceram as faringes, laringes e mentiras.

Roupas sujas vestem os corpos das mentes limpas. Há candura em palavras torpes, organizadas de forma a tocar corações. Tocar a alma e lavar o espírito.

Lágrimas que descem por observar o lirismo do entender. Entender o som. Entender o movimento e entender a vida de uma forma nunca antes concebida. Epifania define.

Corpos enclausurados na necessidade de liberdade que a prisão do cotidiano impõe. São dores transfiguradas em rotinas que ficam pelo chão. Lavam a pista com suas matérias líquidas. Sangram. Não há regras. Não há condutas. Não há entidades. Autônomos.

Sobem para o salto. Jogam-se no rio de gente para limpar a lepra do coração. Sorriem ao cair. Agradecem ao levantar.

A pressão abaixa na baixa pressão. Peles são rasgadas. Cabelos são arrancados. Ossos estralam. Corações aquecem. A felicidade existe.

O caos necessário ao mundo.

Mas há um limite. Um tempo. Logo vão embora e as vidas voltam do banho de sol.

Agora, um pouco mais gratas.

Cortinas fechadas.

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