Contudo, dividi um momento único e valioso que não cabeira apenas nas minhas frases.
Obrigado, Diego Torres. Agora você estará sempre aqui.
Estão abertas as cortinas para o portal. Eis que o ritual para a libertação comum começa. Movimentam-se os corpos sedentos por um pingo verdade.
São rápidos, violentos e amorosos.
Comunitariamente serenos em sua visceralidade. Complacentes. Terapêuticos.
Os gritos, emudecidos pelo real, dilaceram as faringes, laringes e mentiras.
Roupas sujas vestem os corpos das mentes limpas. Há candura em palavras torpes, organizadas de forma a tocar corações. Tocar a alma e lavar o espírito.
Lágrimas que descem por observar o lirismo do entender. Entender o som. Entender o movimento e entender a vida de uma forma nunca antes concebida. Epifania define.
Corpos enclausurados na necessidade de liberdade que a prisão do cotidiano impõe. São dores transfiguradas em rotinas que ficam pelo chão. Lavam a pista com suas matérias líquidas. Sangram. Não há regras. Não há condutas. Não há entidades. Autônomos.
Sobem para o salto. Jogam-se no rio de gente para limpar a lepra do coração. Sorriem ao cair. Agradecem ao levantar.
A pressão abaixa na baixa pressão. Peles são rasgadas. Cabelos são arrancados. Ossos estralam. Corações aquecem. A felicidade existe.
O caos necessário ao mundo.
Mas há um limite. Um tempo. Logo vão embora e as vidas voltam do banho de sol.
Agora, um pouco mais gratas.
Cortinas fechadas.
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