Quando reconheci o rosto do outro lado do espelho, percebi que o caminho seria difícil.
Ando pelas ruas de São Paulo e vejo pessoas caladas, com medo ou com receio de se expressar. Percebo olhares de desconfiança e aversão. Imagino a maldita dor de viver anos e anos sem poder correr atrás da felicidade. Eles, elas, não levantam a voz para gritar por direitos básicos, simples. São ridicularizados e por muitas vezes, causadores da própria dor. Há um silêncio tortuoso.
Certa vez, um amigo me disse: "Queria abraçá-los e dizer: 'Calma, vai ficar tudo bem...'". O que eu queria era levantar seus rostos, olhar em seus olhos e dizer: "Eu nunca disse que ia ser fácil. Lute, apenas".
Mas até eu estou cansado, vencido pela falta de esperança. Ainda assim ela renasce a cada filme, a cada música, a cada manifestação. Eu acredito, apesar de tudo.
A voz da igualdade.
Um comentário:
Acredite.
Se leva, e se deixa levar
pela música que movimenta
a vida, a minha vida, música
que só quem é feito de som
nela há de se achar.
Se cuida Veny, eu sempre estarei dando uma espiadinha aqui rsrs.
Boas vibrações.
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