sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Imagine o quão difícil é ...


... viver sabendo que não poderá ir muito longe sem antes sofrer por longos sete anos. Ou o quão difícil é, causar vergonha nas pessoas que você mais ama e ter que fingir acreditar que realmente esta fazendo algo errado. Imagine como é complicado mentir para si mesmo todos os dias, numa busca desesperada por um lugar desabitado neste planeta, criando mil e uma maneiras de fugir de todos os pensamentos que só te dizem a verdade. Verdade esta que queima no peito todas as noites antes de dormir.

Será que você consegue imaginar ? Mas não basta somente imaginar, você tem que sentir, exatamente como eu sinto e quem sabe assim, descobrirá o que é realmente desaparecer, sentir a eletricidade como ela de fato é. Não são dois passos nem três que te levarão a tal momento sublime, no entanto uma dança inteira, a dois seria o bastante. Não bastaria um adeus simples, munido de olhares, contudo, um beijo no rosto e um sorriso fariam dos seus dias os mais completos do universo. A sua liberdade, debaixo dos pés.

Imagine o quão maravilhoso seria juntar em uma só canção as palavras que mais tocam seu coração e saber de cabeça a letra inteira, seria algo tão forte que correria por suas veias. Quem pode imaginar o quão extenso é o pensamento humano, ele pode ultrapassar as barreiras da morte e ir buscar num simples campo verde as palavras de alguém que não esta mais lhe dizendo como se comportar na cozinha. Já imaginou se aquele vinho com gosto de xixi não tivesse sido bebido ? Com quem você correria, com quem você dançaria, com quem você dividiria os momentos mais importantes da sua vida ? Sozinho é que não ia ser.

Imagine se você soubesse dizer não para aquela pessoa tão bonita que esta dando em cima de você, causaria repulsa em muitos e inveja em tantos outros. Mas deixaria você mergulhado num êxtase, a sensação de descontrole sobre o controle diário que temos que ter sob nós mesmos.

O que eu sei, é que mesmo imaginando tudo isso, estaremos longe um do outro, pois desapareceríamos, e só quando toda a imaginação acabasse voltaríamos. Você me conta qual a sensação de se misturar à eletricidade, eu te ensino como voltar milhares de vezes a lugar algum.

Ela deixaria. Eu também. É assim que dançamos.

Um comentário:

Anônimo disse...


Este teu post é de uma intensidade sem igual.
Bonito e dançar é sempre bom.!