Toda desgraça é bem-vinda. Recebida de portas e pernas abertas na dor de cada promessa de prazer duradouro. Ouro de tolo, falsa, desgarrada, mas plena, sorridente, neurótica. Toda desgraça é convidada para as festas, pois dela emana o perfume do caos, da desordem e de sua boca escorre o suco da maçã proibida. Toda desgraça dá graça ao monótono. Ela dança com os sentidos, murcha as flores e espreme suas pétalas nos copos alheios. Enfeitiça, sim. E muito.
Toda desgraça é bem-vinda. Só.
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