Pelo contrário, sem ele eu não seria - de fato - eu. Com a ajuda dele, reaprendi a chorar. Encontrei, forçosamente, o valor em chorar. Tive crises que jamais seriam aceitas pela razão a bom grado. Caí de uma forma vergonhosa e - pasme - levantei. O álcool nunca foi meu inimigo.
Após uma reunião amistosa entre amigos e desconhecidos, pude desfrutar de um mundo atípico. Vi gente triste enchendo a cara para se tornar mais alegre (eu, por exemplo); gente bem resolvida que não reflete sobre a vida, apenas vive; gente que eu desejei nos momentos de loucura; gente que eu quis por querer - e por inteiro; gente.
E nada, absolutamente nada, conectava-se comigo. A luta constante por manter em mim o mínimo de racionalidade (a moeda de troca do respeito), custava - e custa - muito. Muito mesmo. Viver num mundo que não te aceita e que te odeia é como ter um pesadelo. Você vive a ilusão da sua realidade. Sofre, acorda soluçando e continua sem solução. Não há sentido. Há dor. E a dor nunca fará sentido.
O que eu queria hoje?
Não ser. Só ter.
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